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MERCADO LIVRE LANÇA SERVIÇO INÉDITO E SE APROXIMA DA AMAZON

Companhia será responsável por receber, estocar e enviar produtos dos vendedores a partir de um novo centro de distribuição.

 

Mercado Livre vai  começar a oferecer um centro de distribuição, sistema de gestão de estoques e até transporte para alguns de seus vendedores. O anúncio, feito no Mercado Livre Experience, marca uma iniciativa inédita: a de um marketplace que lida com o estoque dos clientes.

A companhia será responsável por receber os produtos dos vendedores diretamente dos fornecedores, incluir esses itens no sistema, estocá-los no seu centro de distribuição em Loureira, no interior de São Paulo, e enviar aos consumidores por meio de uma transportadora parceira.

O lançamento irá fazer parte dos serviços que já são oferecidos pelo Mercado Envios, braço logístico do Mercado Livre. A divisão oferece impressão de etiquetas que facilitam o despacho nos Correios e serviço de coleta para alguns vendedores que operam com um volume maior.

Inicialmente 130 vendedores foram escolhidos para testar o novo modelo. Eles não terão nenhum custo até julho de 2018.

A nova operação de logística será feita com a ajuda da operadora CEVA Logitics. O sistema de gestão de estoque e de transporte foi produzido pelo próprio Mercado Livre, com a ajuda da Axado, startup adquirida em 2016.

A empresa não abre de quanto foi o investimento na nova modalidade. Em 2017, o investimento total da companhia será de 1 bilhão de reais, grande parte na oferta de frete grátis e em marketing.

Logística resolvida

De acordo com a empresa, o tempo de transporte e entrega é um dos principais desafios na experiência do cliente. “O consumidor é muito ansioso, quer rastrear o transporte e receber seus produtos o mais cedo possível”, afirmou Stelleo Tolda, diretor de operações do Mercado Livre a EXAME.com, durante o Mercado Livre Experience.

A rapidez de envio é um dos diferenciais da Amazon, gigante que conta com centros de distribuição espalhados pelos Estados Unidos e consegue entregar alguns produtos em até poucas horas.

No Mercado Livre, com mais de 4,2 milhões de vendedores nos 18 países que atua, a concorrência é grande. De acordo com Tolda, o atendimento ao cliente e a rapidez de entrega são indispensáveis para se diferenciar no Mercado Livre.

A ideia é ajudar esses vendedores mais ativos a diminuírem o tempo de manuseio dos produtos. “Hoje, os vendedores podem demorar até alguns dias para embalar e despachar os seus produtos. Queremos reduzir esse intervalo para algumas horas”, afirmou o diretor.

Muitos têm dificuldade em ter um grande estoque, se preocupam com a segurança do local e precisam de um sistema próprio para administrar tudo, além de levar esses produtos aos Correios.

Com a nova opção, “eles precisam se preocupar apenas com sua estratégia de venda”, disse o diretor.

A principal transportadora desse novo serviço continuará sendo os Correios, única empresa que consegue alcançar todas as cidades do Brasil e, por conta do tamanho, também oferece preços melhores.

 

Fonte: Exame

ESTREIA DA AMAZON NO SETOR ELETROELETRÔNICO ALEGRA CONCORRENTES

A B2W subiu 7,9% nesta quarta-feira (18); a Via Varejo, 7,96%; o Magazine Luiza, 9,48%; e o Mercado Livre, 3,25% na Nasdaq

A estreia da varejista americana Amazon em eletroeletrônicos no Brasil foi de festa — para a concorrência.

O medo de que a maior varejista online do planeta chegue com o pé na porta no país fez com que as ações das principais concorrentes despencassem desde a divulgação da notícia, na semana passada.

A B2W havia caído 20,8% até ontem; a Magazine Luiza, 18,6%; e a Via Varejo, 13,9%. Na bolsa americana Nasdaq, o Mercado Livre havia recuado 14,4%.

Mas a Amazon iniciou as operações à meia-noite e, ao longo da quarta-feira, analistas e consumidores se dedicaram a comparar o serviço com a concorrência.

E não acharam nada de mais nos preços, nem nas condições de pagamento, nem no frete. Parte da explicação está na estratégia escolhida pela Amazon, que entrou no market place, em que os preços são ditados pelos vendedores, e não pela própria varejista.

A companhia também optou por usar frete terceirizado, recorrendo aos mesmos serviços dos concorrentes.

O resultado da decepção está nas ações. A B2W subiu 7,9% nesta quarta-feira; a Via Varejo, 7,96%; o Magazine Luiza, 9,48%; e o Mercado Livre, 3,25% na Nasdaq.

A euforia e a depressão profunda fazem parte do comportamento passivo-agressivo dos investidores.

Mas a queda desta quarta-feira deixa evidente que a chegada da varejista americana, que vale 500 bilhões de dólares, não vai arrasar o mercado de e-commerce brasileiro no curto prazo.

A companhia vai sofrer com a logística deficitária e com a alta carga de impostos, e ainda tem de provar que faz sentido manter sua estrutura de atendimento na Costa Rica, e não no Brasil.

“A Amazon é uma marca muito desejada no Brasil. Se eles apenas oferecerem o que os outros já oferecem, não vão trazer a satisfação esperada”, diz Alevir Francisco de Assis, diretor do Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente. “O mínimo que se espera é um serviço melhor.”

A julgar por seu dia de estreia, os consumidores e investidores continuam esperando.

 

Fonte: EXAME