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BOEING ESTUDA TRANSPORTE DE PASSAGEIROS EM DRONES NO ESTILO UBER

A Boeing está adquirindo algumas empresas-chave de automação a fim de transformar o transporte aéreo de passageiros. Objetivo é ter aeronaves autônomas e acionadas sob demanda

Anos depois de as empresas automotivas de Detroit entrarem na corrida para desenvolver carros autônomos, as maiores fabricantes de aviões do mundo agora dizem ver no horizonte uma revolução nos voos autônomos sob demanda.

A fabricante aeroespacial Boeing, com sede em Chicago, intensificou nos últimos meses os investimentos em tecnologias que viabilizam voos autônomos.

Em abril, a empresa investiu na Zunum Aero, com sede no estado de Washington, EUA. Ela desenvolve motores híbridos e elétricos destinados à realização de voos de curta distância com maior custo-benefício. No dia 5 de outubro, a empresa revelou a intenção de comprar a Aurora Flight Sciences, com sede na Virgínia, uma empreiteira de defesa que fabrica drones movidos por energias elétrica e solar. E na semana passada, investiu um valor não divulgado em uma empresa de robótica chamada Near Earth Autonomy, de Pittsburgh, que nasceu no famoso departamento de robótica da Universidade Carnegie Mellon.

O objetivo, dizem os executivos de tecnologia da Boeing, é montar um portfólio de tecnologias de voo que possa ser aplicado a tipos distintos de aeronaves. São os olhos, ouvidos e órgãos que teoricamente permitiriam a um avião robótico humano navegar, reagir e pousar sem o auxílio de um piloto humano.

“Acreditamos que são tecnologias-chaves potencialmente disruptivas e que podem mudar o futuro da aviação”, disse Steve Nordlund, vice-presidente da HorizonX, braço de investimentos de risco da Boeing.

Não há planos imediatos para substituir pilotos comerciais por computadores, mas especialistas da indústria dizem que a tecnologia que permite o voo totalmente autônomo já existe.

Pioneirismo militar

A Near Earth Autonomy, mais recente adição ao portfólio da Boeing, foi pioneira nesse espaço. Seu fundador, Sanjiv Singh, professor do instituto de robótica da Universidade de Carnegie Mellon, diz que começou a pesquisar caminhões autônomos e cortadores de grama para companhias como a Caterpillar.

Isso o levou a alguns trabalhos com a Agência de Projetos Avançados de Pesquisa de Defesa (DARPA, na sigla em inglês), do Pentágono, entre outros contratos de defesa. A empresa diz que se associou ao exército dos EUA em 2010 para realizar uma missão simulada de resgate de vítimas — essencialmente recuperando um corpo em território contestado. Hoje, tais missões são realizadas por helicópteros tripulados e são consideradas extremamente perigosas, às vezes expondo o pessoal do exército a ataques. Esse trabalho levou a um conjunto mais amplo de testes relacionados à entrega não tripulada de cargas para fuzileiros navais, feita com a ajuda de um helicóptero da Boeing, em 2010.

Singh e seus colegas, que agora são cerca de 50, levaram aqueles contratos de defesa para fora da Carnegie Mellon em 2012 e fizeram da Near Earth Autonomy uma empresa autônoma. Hoje, ela detém cerca de uma dúzia de contratos com agências de pesquisa do Departamento de Defesa norte-americano e explora aplicações comerciais para sua tecnologia de voo autônomo.

A parceria com a Boeing “nos dá os recursos para amadurecer nossas tecnologias para que elas possam crescer amplamente”, disse Singh. As empresas não revelaram o tamanho ou os termos do investimento, mas o braço de risco da Boeing geralmente investe entre US$ 10 e US$ 20 milhões.

Singh diz que seus pesquisadores desenvolveram drones de vigilância autônomos que podem navegar por passagens subterrâneas, algo que ele quer vender às empresas de mineração. A empresa está tentando encontrar um caminho para que seus aviões autônomos possam navegar sem a ajuda de satélites GPS, uma habilidade que poderia tornar as aeronaves autônomas menos suscetíveis a invasões.

A Boeing e a Near Earth Autonomy disseram em comunicado que planejam se associar em projetos de “mobilidade urbana” no futuro, a que Singh comparou com uma iniciativa experimental de táxi voador em que a Uber está trabalhando.

“Mas estamos no fim da nascente da democratização da aviação”, disse Singh. “Talvez não seja o caso que estarmos na era de Jetsons, mas podemos ver meio que uma transição para isso no futuro próximo”.

 

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br

AMAZON LANÇA TECNOLOGIA PARA ENTREGAR PRODUTOS DENTRO DAS CASAS

Amazon Key consiste em conjunto de câmera e fechadura inteligentes que, por meio da internet, podem autorizar entrada de entregador da gigante do e-commerce na residência.

A Amazon, maior site de comércio eletrônico do mundo, está querendo entrar na sua casa. A empresa anunciou nesta quarta-feira, 25, que vai começar a operar um serviço chamado Amazon Key que, por meio do controle remoto de um sistema de câmeras de segurança e fechaduras inteligentes, vai permitir que os entregadores da empresa possam deixar as encomendas dos clientes dentro de casa.

Com o lançamento, a Amazon tenta melhorar o atendimento aos consumidores que não estão em casa para receber suas encomendas — atualmente, a empresa deixa a encomenda do lado de fora da porta em algumas regiões nos Estados Unidos. Além disso, a solução sinaliza que a Amazon está de olho no mercado de automação residencial.

“Não é um experimento”, disse o vice-presidente de tecnologias de entrega da Amazon, Peter Larsen. “Essa é uma tecnologia central para a experiência de compra da Amazon a partir de agora.”

De acordo com a Amazon, a tecnologia vai funcionar da seguinte forma: ao chegar na residência para fazer uma entrega, o entregador vai mostrar um código de barras para a câmera, que então vai confirmar a entrega direto com a Amazon. Se o código bater com a entrega programada, a câmera começará a filmar o entregador e destravará a fechadura. O entregador abrirá a porta e deixará a encomenda. O consumidor vai receber uma notificação da entrega junto com uma versão do vídeo para comprovar que a entrega foi realizada com sucesso.

Os membros do Amazon Prime, serviço de assinatura de vantagens da Amazon, poderão pagar US$ 250 pelo conjunto que inclui a câmera e a fechadura inteligentes. A instalação é gratuita. O serviço vai ser oferecido em 37 localidades nos EUA.

Questionada pela agência de notícias Reuters, a Amazon disse que não se preocupa com possíveis furtos, uma vez que a filmagem vai garantir a segurança aos consumidores. “(Os furtos) não costumam acontecer na prática”, disse Larsen, em relação aos testes da nova tecnologia.

O Walmart, principal rival da Amazon, tem planos similares. A empresa anunciou no mês passado que vai testar a entrega de itens de supermercado “direto na geladeira” em parceria com a empresa August Home, que possui negócios na área de fechaduras inteligentes.

 

Fonte: http://revistapegn.globo.com

DRONES SÃO A NOVA TECNOLOGIA PARA VENCER ROUBOS DE CARGA

Criados para fins militares, os drones — veículos aéreos não-tripulados (Vants) — aos poucos vão sendo usados no transporte rodoviário de cargas e em seguradoras, que pretendem utilizá-los para combater o roubo de carga e auxiliar no resgate em acidentes em estradas.
“Os drones são amplamente utilizados na construção civil e começam a ser uma ferramenta extremamente eficiente no transporte rodoviário de cargas e que talvez represente um marco para os próximos anos. O equipamento pode monitorar e filmar toda a ação criminosa, possibilitando que a empresa acione suas equipes de segurança e a polícia. Acreditamos que muito em breve nossas transportadoras paranaenses e empresas de segurança vão começar a utilizar a tecnologia amplamente”, diz Marcos Battistella, presidente do Setcepar.

A novidade é mais do que bem-vinda. De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os roubos de carga custaram, entre 2011 e 2016, cerca de R$ 6,1 bilhões à economia brasileira. Um caminhão é roubado a cada 23 minutos em todo o território nacional. São perdas que equivalem a R$ 3,9 milhões por dia.

Até o início de maio, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) regulamentou do equipamento, foram autorizados cerca de 400 voos de drones no Brasil, todos ainda em fase experimental. Mais de 8 mil equipamentos foram cadastrados no site da agência. O cadastro passou a ser obrigatório para drones com peso acima de 250 gramas. A instituição das regras também contribuirá para promover o desenvolvimento sustentável e seguro para o setor.

Experiência
A concessionária Arteris, que administra rodovias do PR, SC, SP, MG e RJ usa drones há um ano para inspecionar obras. Um dos equipamentos auxilia no monitoramento das frentes de trabalho do Contorno de Florianópolis, extensão de 50 quilômetros da BR-101 que liga Garuva a Palhoça, na região metropolitana da capital catarinense. Em outra concessão, no trecho da BR-116, que vai de Curitiba a Capão Alto, na divisa com o Rio Grande do Sul, o drone está sendo usado também para fiscalizar acessos irregulares à rodovia e monitorar pontos críticos de acidentes.

A fabricante de drones Horus Aeronaves, de Santa Catarina, percebeu o efeito direto sobre suas encomendas após a publicação das regras: houve aumento de 15% nos pedidos e de 25% nas solicitações de orçamento, segundo seu presidente, Fabrício Hertz. A empresa fabrica drones de 1,2 quilo a 3 quilos. Os equipamentos são feitos à base de fibra de carbono, numa produção praticamente artesanal.

 

Fonte: IMAM – Revista Logistica & Supply Chain